Na magnífica República das Bananas, que deita eternamente em braço esplêndido, surge um presidente alardeando honestidade como se fosse uma mercadoria em promoção no Carrefour.
Logo após sua posse, o presidente, cujo lema era “O amor das bananas no fiofó do eleitor”, organizou uma coletiva de imprensa. Estava lá, com seu terno cinza, gravata vermelha e um copo de Corote ao lado do microfone, jurando que seria o farol da honestidade e do amor em meio a uma era de frutas odiosamente duvidosas. Suas palavras eram tão doces e cativantes quanto bananas maduras juntando moscas na fruteira.
A promessa de um governo “descascado de corrupção” rapidamente se mostrou um embuste monumental. Era como se o presidente estivesse escrevendo suas promessas em cascas de banana, prontas para escorregar da memória pública. Suas ações contradiziam cada palavra proferida com uma desenvoltura digna de um artista de circo.
A cada escândalo de corrupção revelado, o presidente se esforçava para manter a pose. “Não há corrupção aqui, apenas algumas bananas caindo da árvore da política”, declarava com uma sinceridade fingida. As investigações, no entanto, revelavam que ele acumulava mais bananas podres do que qualquer presidente anterior.
Em um ponto culminante, durante um discurso televisivo, o presidente proclamou: “Nunca antes na história desta República houve um líder tão honesto.” A ironia era tão densa que poderia ser cortada com uma faca de manteiga.
Na República das Bananas, o presidente que pretendia ser o símbolo da honestidade tornou-se uma atração política digna de um espetáculo circense. O país, outrora conhecido por suas plantações de bananas, agora seria lembrado por ter o presidente mais “frutífero” em termos de frutas estragadas.